terça-feira, 29 de novembro de 2016
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Prancha II bichos; Prancha I bichos
Filho; Auto retrato com cachorro
Cachorro com gramofone; Barco; Mulher
Goiabeira
Goiabeira, 2015, acrílica sobre tela, 40 x 40 cm, R$ 400,00. |
Costa Pereira e a pintura plana,
formal, eruditamente pop
Em Bichos,
acordes e outras superfícies, Costa Pereira responde às possibilidades de uma
arte distendida entre a
tradição moderna e as expectativas
contemporâneas.
Mais especificamente, a exposição reforça a ideia de pintura como um projeto de
composição da imagem onde o desenho, a colagem e as técnicas de arquivo somam-se
à tinta e a tela não para resolver problemas de representação, mas de ordem e estrutura formal. Tão reverente quanto
irônica, sua abordagem da pintura incorpora as
características do retrato, da paisagem e da natureza morta para, enfim,
submeter os códigos desses gêneros a novos campos de significação como a
publicidade, o design e a cultura pop. Assim, apesar dos incontáveis fragmentos
familiares ou dos títulos de trabalhos que possam sugerir um ou outro tema
reconhecível, qualquer interpretação figurativa desta exposição torna-se menos
atraente se comparada às experiências da superfície abstrata ou às reflexões
sobre um objeto – o livro – cujas páginas desestabilizam o senso comum que
vincula palavra, cor e forma.
O
trabalho de Costa Pereira cumpre um rico protocolo de experimentação que
envolve tanto a pesquisa de referências visuais quanto a coleção de esboços, a
criação de pequenos acordes cromáticos com tinta e papel e a pintura feita
diretamente sobre a tela. Sem fixar um procedimento como o ponto de partida
desse processo, o artista percorre trajetórias poéticas às vezes mais longas e
deliberadas, outras vezes mais breves e intuitivas, criando peças que alternam as
funções de documento de trabalho e de obra artística acabada, pronta para a
apresentação ao público e autônoma em seus valores estéticos.
Mesmo
que cada trabalho desta exposição seja uma imagem pulsante que, por capricho,
ora precise ser trabalhada pela mão, ora seja arranjada somente pelo olho, seu
conjunto realça aspectos muito particulares de estilo como a justaposição e a
sobreposição de fragmentos, a pintura no limite
entre a abstração e a figuração e o universo
de citações
pinçadas da história da arte desde a artesania primitiva até a obra reproduzida
como mercadoria pela indústria cultural.
Gleber
Pieniz
Jornalista, crítico de
arte,
Natureza morta com pássaro; Natureza morta com vaso grego
Quero quero, Galo 3, Boi de mamão 3
natureza morta; mico leão dourado
Natureza morta, 2013, acrílica sobre tela, 30 x 30 cm, R$ 250,00. |
Mico leão dourado, 2013, acrílica sobre tela, 50 x 50 cm, R$ 600,00. |
Assinar:
Postagens (Atom)